terça-feira, 4 de setembro de 2012

As verdadeiras histórias de Contos de Fadas - Parte 1

Os contos de fadas sempre foram conhecidos por serem histórias comoventes, inocentes, amorosas e com lições de moral no final. Porém os primeiros escritos desses contos são na verdade frutos de personagens maldosos, violência física e sexual, canibalismo e muito mais. Achei interessantíssimo esse tema e trouxe algumas dessas histórias, sem final feliz e sem Disney.


A Bela Adormecida

A Bela Adormecida foi, na verdade, violentada pelo rei enquanto dormia e engravidou de gêmeos. Após o nascimento, um deles chupa acidentalmente o dedo da mãe, pensando ser seu seio, e retira a farpa enfeitiçada que havia provocado o coma em que ela estava. O nome da dorminhoca era Tália e ela havia sido abandonada pelo pai numa cabana na floresta, após cair naquele sono que parecia eterno. Para apimentar ainda mais a história, depois de desperta, Tália acabou virando amante do rei. Nada infantil, esta versão foi posta no papel pelo escritor italiano Giambattista Basile no século 17. Apenas alguns anos depois de Basile, o francês Charles Perrault colocou um pouco mais de terror na história. Assim como o italiano, Perrault foi um dos primeiros a coletar e transcrever as narrativas orais que eram tradicionais entre as populações européias. No caso da Bela Adormecida, Perrault fez da mãe do rei um mostrengo comedor de crianças sedento por jantar os netinhos, mas que acaba se dando mal.


Os Três Porquinhos 

Na história dos Três Porquinhos, o terceiro porco, aquele que construiu a casa de tijolos que o lobo não consegue derrubar com seu sopro, é o que se dá bem em todas as versões. Na narrativa oral original, ele não se importava nem de comer os próprios irmãos. Nela, a esperteza e a resistência do terceiro porco em cair em tentações que prometem recompensas imediatas, mas comprometem o futuro, é enfatizada com detalhes de crueldade e canibalismo. O lobo devora os dois primeiros porquinhos assim que consegue destruir suas casas. Ao tentar entrar na residência de alvenaria do terceiro, usando a chaminé, ele acaba morto ao cair numa armadilha com um caldeirão de água fervente que o esperava no final da descida. O terceiro porquinho então prepara e devora, sem dó nem piedade, o lobo que levava seus dois irmãos no estômago.


Cachinhos dourados
 
"Cachinhos dourados" possui muitas versões, em uma delas de 1831, por exemplo, Eleanor Mure apresentou um livreto artesanal denominado, "A História dos Três Ursos", em setembro deste ano como um presente de aniversário ao seu sobrinho de quatro anos de idade, Horace Broke. Mure descreveu sua versão como "do célebre conta de Nursery...posto no inverso" indicando a possível existência de uma versão anterior em prosa. 
A antagonista de Mure é descrita como "uma mulher velha irritada" que, ao contrário do antagonista Southey, tem um motivo para invadir a casa dos ursos: sua visita de cortesia é rejeitada por eles e, em um pique, ela decide inspecionar a casa de qualquer maneira. 
Outra diferença da versão de Mure em relação a de Southey é que potes dos ursos estão cheios de leite em vez de mingau. No final do conto, os ursos primeiramente tentam de queimar a velha, em seguida, afogá-la, e sendo mal sucedidos em ambas as tentativas de mata-la, finalmente, a jogam do campanário da Igreja de St. Paul - na versão de Southey a velha pula pela janela e foge.



Cinderela

A história de Cinderela teve várias versões antes de virar o conto de fadas sobre uma mocinha boazinha e injustiçada consagrado nos desenhos animados da Disney. O italiano Giambattista Basile a chamou de Gata Borralheira e na sua versão ela se alia à governanta para assassinar a madrasta malvada. O plano era simples, esperar o primeiro vacilo e atacar. Um dia a madrasta agacha-se para pegar roupas num baú e a Gata Borralheira não pensa duas vezes para ir lá e fechar a tampa na cabeça da megera. Já para os irmãos Grimm, não é Cinderela quem a mata e sim pombos que comem seus olhos. Além do ataque dos pássaros, essa versão traz as irmãs cruéis de Cinderela fazendo qualquer coisa para que seus pés entrem no sapatinho de cristal levado pelo príncipe. Elas não se importaram de cortar fora dedos ou arrancar pedaços dos calcanhares para que o calçado servisse nelas. 


A Princesa e o Sapo

Se a Bela Adormecida foi estuprada em vez de ganhar um beijo, o príncipe que virou sapo também passou por apuros. Enquanto a versão infantil mais recente conta que ele ganhou um beijo da princesa para quebrar o feitiço, a primeira versão coletada e transcrita pelos irmãos Grimm mostra que ele só voltou a ser príncipe após a princesa, cansada de ver aquele ser repugnante por perto, atirá-lo com força contra a parede. Naqueles tempos, os irmãos Grimm provavelmente não imaginavam que jogar um batráquio na parede seria no futuro considerado inapropriado para uma historinha infantil. Na narrativa imortalizada por eles, tudo começa quando a princesa perde um de seus brinquedos e encontra um sapo falante que promete ajudá-la. Após achar a bola da princesa, o sapo vai morar com ela. Mimada e irada, ela não pensa duas vezes em lançá-lo contra a parede em um dia de fúria. Violência que parece ter valido a pena ao devolver-lhe a condição de príncipe.

Fonte:

http://www.caixadepandora.xpg.com.br/a-verdadeira-historia-do-contos-de-fadas/

http://pt.shvoong.com 

http://misteriosfantasticos.blogspot.com.br/p/contos-de-fada-originais.html 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cachinhos_Dourados_e_os_Tr%C3%AAs_Ursos#Outras_vers.C3.B5es_da_hist.C3.B3ria



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